"Olha para mim a ler+”
O exemplo vem de cima... vem de quem não esperamos... vem de quem não conhecemos... vem do nosso amigo, da pessoa especial... vem do doutor... vem do trabalhador...
Exemplos de quem lê. Partilhas de leitura.
Porque LER+ é preciso, necessário, fundamental.

Diana Oliveira, aluna do 12º ano e Presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária Fernando Namora
«Fiquei com as botas incrivelmente pesadas ao perceber como a vida é relativamente insignificante e como, quando comparada ao universo e ao tempo, a minha existência não faz diferença nenhuma. “O que aconteceria se um avião te largasse no meio do deserto do Saara e pegasses um único grão de areia e o movesses um milímetro?” Pensei naquilo. “Acho que eu teria movido um grão de areia” (…) “Significaria que transformaste o Saara. O Saara é um deserto imenso. E existe há milhões de anos. E tu transformaste-o!” “É verdade! Transformei o Saara “ “Bem, não estou a falar de pintar a Mona Lisa ou descobrir a cura para o cancro. Estou a falar só de mover um milímetro aquele grãozinho de areia. Se não tivesses feito isso, a história da humanidade teria sido diferente…” Fiquei em pé na cama e gritei: “Mudei o curso da história da humanidade! Mudei o universo! Sou Deus!” “Você é ateu.” “Eu não existo” Caí de costas de volta para cama.»
Extremamente alto e incrivelmente perto, Jonathan Safran Foer
A literatura, tal como o desporto, transmite-nos conhecimentos acerca da vida. Nem sempre um “FIM” é realmente o final da história. Nem sempre existem “felizes para sempre”. A vida, como um livro, não precisa, necessariamente, de fazer sentido. Não temos, obrigatoriamente, que a conseguir classificar como uma vida boa ou uma vida má. Às vezes a vida é só isso mesmo, vida. Um livro é só um livro. Mas, mesmo quando isso acontece, o que conseguimos retirar de “só um livro” é muito do que devemos saber para a vida.
André Costa, psicólogo do projeto CLDS 3G
“A linguagem, a maior invenção humana, alcança o que, em princípio, não deveria ser possível. Ela permite que todos nós, até mesmo o cego congénito, possa ver com os olhos de outra pessoa.” Oliver Sacks
De encontro às palavras de Oliver Sacks, apraz-me afirmar a importância da leitura, surgindo primariamente nas nossas vidas em jeito de conto, de uma forma lúdica, e quando damos por ela, já estamos na escola a aprender a juntar as primeiras letras, e a iniciar a aprendizagem de uma capacidade tremenda, a de conseguir Ler!
Ler, permite-me viajar, sonhar, criar um mundo diferente, “ser dono” daquela história, chorar, sorrir, agraciar, uma enorme panóplia de emoções, de sentimentos, de sensações.
Que experiência fantástica e enriquecedora que é Ler. Quando a escolha não é fácil, ou pouco sugestiva, será melhor procurar algo que nos interesse, que aborde um tema sobre o qual a nossa curiosidade desperta. Esta é uma estratégia para engrenar,… e um novo mundo surge, uma nova forma de encarar e observar determinadas situações.
A literatura tem esta capacidade, a de nos embrenhar por mundos tão diferentes mas sem nunca sairmos do nosso mundinho.
Lê mais, cresce mais…
Pedro Camarinho
"A ignorância é por vezes confundida com admiração. Esta última nasce não tanto da perfeição dos objetos como da imperfeição do nosso julgamento. As perfeições de primeira grandeza são únicas. Portanto guardai os vossos aplausos!” Baltazar Garcian
A leitura complementa e estrutura o nosso conhecimento , cuida a nossa prudência no nosso julgamento enquanto seres humanos.
Mais palavras, mais mundo, sobre o corpo são necessitamos de uma mente sã (alusão ao renascimento). Portanto estimula o corpo com mais conhecimento e atividade e obténs uma elevação dos cinco sentidos sobre tudo. As viagens poderão ser até onde quiseres... lê e aplaude o mundo comedidamente.
Espelho de Bolso para Heróis, de Baltazar GRacíán
Anabela Estevão, Professora de Português do Agrupamento de escolas de Condeixa
Presidente do Conselho Geral
A vida toda aqui. Livro soberbo.

Todas as famílias felizes se parecem umas com as outras, cada família infeliz é infeliz à sua maneira.
(Anna Karenina, Lev Tolstoi)
Se alguém não tiver prazer em ler um livro várias e várias vezes, não há motivos para lê-lo, afinal.
(Oscar Wilde)
A leitura é, desde que me conheço, de uma importância fulcral.
Através dos livros, viajo, sonho, encontro prazer, aprendo a viver.
A vida está toda nos livros. Viver é também ler. Ler é viver muita vida. E é sobretudo sentir, respirar.
A nossa Vereadora da Educação e da Cultura, Vice Presidente do nosso Município, deu o exemplo e o pontapé de saída desta nova iniciativa das bibliotecas de Condeixa: dar visibilidade à leitura e ao ato de ler.
“A experiência da leitura é essencialmente individual”
A experiência da leitura é essencialmente individual, sempre única e nova. Parafraseando Rousseau, que afirmava ser a vontade intransferível, ninguém pode sentir as minhas emoções e viver da mesma forma a minha experiência de leitura.
Ao ler, por exemplo, o livro “A Estranha Ordem das Coisas” do autor António Damásio, essa experiência de leitura transforma o meu “olhar” sobre o mundo, a forma como me relaciono com a realidade, comigo mesma e com as pessoas que me são próximas e queridas, influencia a minha vida, contribui para a minha formação política, torna-me alguém melhor, mais observadora, mais responsável e mais sensível diante da miserabilidade da condição humana.
Um dos aspectos essenciais da literatura é que ela nos fala diretamente, sem a necessidade de conceituação e análise interpretativa. Refiro-me à leitura desinteressada, mas que produz emoções, as quais nos podem marcar por toda a vida.
A vida nos ensina muitas coisas – basta disposição para aprender e esforço. Ao longo da minha vida fui aprendendo a melhor selecionar os livros. Os melhores foram os que li pelo prazer de ler. As leituras, porém, nem sempre podem ser feitas com prazer – muito do que leio está vinculado à minha atividade profissional; a diferença é que consegui transformar isso num trabalho prazeroso. Contudo, esta não é a regra geral! O paradoxo é que alguns leitores precisam ser “incentivados”. A “obrigação” académica de ler pode dar resultados positivos. Em determinados contextos, a indicação de livros, acompanhada de certo “estímulo” e “convencimento”, aumenta a probabilidade de isso ocorrer.
Liliana Marques Pimentel
29 de janeiro de 2018